A Tragédia da Educação Moderna

 

             “É natural ao ser humano o desejo de conhecer.” Quando li pela primeira vez esta sentença inicial da Metafísica de Aristóteles, ela pareceu-me um forte exagero. Afinal, por toda a parte para onde olhasse - na escola, em família, nas ruas, em clubes ou nas igrejas - eu via-me cercado de pessoas que não queriam conhecer coisíssima nenhuma, que estavam perfeitamente satisfeitas com suas ideias toscas sobre todos os assuntos, e que julgavam um acinte a mera sugestão de que, se soubessem um pouco mais a respeito deles, as suas opiniões seriam bem melhores. De facto, o traço mais conspícuo da mente da maioria era o desprezo soberano pelo conhecimento, acompanhado por um neurótico temor reverencial pelos seus símbolos exteriores: diplomas, cargos, presença nos media.

Quem não tem cultura literária e histórica e um domínio razoável do legado cultural do passado, dificilmente adquirirá a capacidade de distinguir com facilidade aquilo que é postiço e soa a falso do que é real e verdadeiro e, sem esta capacidade, todas as suas ideias virão a ser erradas  desde o início. Quando não temos consciência das origens históricas das nossas convicções, hábitos e julgamentos quotidianos, tornamo-nos escravos da sociedade presente, dando valor de coisa eterna, absoluta e imutável ao que é temporal, relativo, transitório.  

A principal finalidade da educação superior deveria ser libertar o ser humano desta prisão, ensinando-o a pensar, julgar e sentir na escala da humanidade, primeiro, e na da eternidade, por fim.

 Mas, quem pretender ter alguma formação intelectual superior, encontra, hoje em dia, nas universidades, apenas formação técnica ou, então, mera propaganda ideológica e condicionamento comportamental.     

 Este facto, não resulta de puras circunstâncias políticas acidentais mas, antes, de uma montanha de factores adversos à inteligência humana, que se foram acumulando no mundo ao longo das últimas décadas. Se a primeira metade do século XX trouxe um florescimento intelectual incomum, a segunda foi uma devastação geral como raramente se viu na história. A queda foi tão profunda que já não é possível, sequer, medi-la.

Num panorama inteiramente dominado por charlatães caricatos como Noam Chomsky, Richard Dawkins, Edward Said, Jacques Derrida e Julia Kristeva, a época em que floresceram quase que simultaneamente Edmund Husserl, Karl Jaspers, Louis Lavelle, Alfred North Whitehead, Benedetto Croce, Jan Huizinga e Arnold Toynbee - e na literatura T. S. Eliot, W. B. Yeats, Ezra Pound, Thomas Mann, Franz Kafka, Jacob Wassermann, Robert Musil, Hermann Broch, Heimito von Doderer - já se tornou invisível, inalcançável à imaginação dos nossos contemporâneos. Toda comparação só tem sentido se feita entre duas coisas distintas. Não se pode comparar tudo com nada.

 Isso não quer dizer que as fontes do conhecimento tenham secado. Pensadores de grande envergadura — um Eric Voegelin, um Bernard Lonergan, um Xavier Zubiri — sobreviveram à debacle dos anos 60 e continuaram actuantes, o primeiro até 1985, o segundo até 1984, o terceiro até 1983. Mas seus ensinamentos são ainda a posse exclusiva de círculos selectos. Não entram na corrente geral das ideias.

A desgraça intelectual deu-se justamente na “corrente geral” das ideias dos meios académicos. O fim da Segunda Guerra Mundial trouxe uma prodigiosa reorganização das bases sociais e económicas da vida intelectual no mundo. Novas instituições, novas redes de comunicação, novos mecanismos de armazenamento e distribuição das informações académicas, novos públicos e, sobretudo, a ampliação inaudita do apoio estatal e privado à cultura, e a formação dos grandes organismos internacionais como a ONU e a Unesco.

Tudo isto aconteceu juntamente com o descrédito do marxismo soviético e a profunda mutação interna da militância esquerdista internacional, por essa altura já plenamente imbuída das duas principais lições da Escola de Frankfurt, escola que, fartamente financiada pela Fundação Rockefeller, “requalificou” a ideologia comunista (em, O Homem Unidimencional, Herbert Marcuse, agradece, de início, o financiamento prestado por essa mesma fundação): (i) a luta essencial da revolução não era já contra o capitalismo, mas contra “a civilização ocidental” e o cristianismo; (ii) o agente principal do processo revolucionário era, agora, a classe intelectual e não o proletariado.

 Nessas condições, o crescimento fabuloso dos meios de actuação na cultura foi acompanhado dum esforço de apropriação desses meios por parte de grupos militantes bem pouco interessados em “compreender o mundo” mas inteiramente devotados a “transformar o mundo” de acordo com os seus interesses. A redução drástica da actividade intelectual, até chegar ao nível actual de mero activismo político, que então se iniciou, foi a consequência desejada e planeada dessa operação, realizada à escala mundial a partir dos anos 60.

O fenómeno não era totalmente desconhecido. Um vasto ensaio geral já tinha sido realizado nos EUA desde a década de trinta pelo menos, através das grandes fundações “não lucrativas” que descobriram o seu poder de orientar e manipular a seu bel-prazer a actividade intelectual, científica e educacional mediante a simples selecção ideologicamente orientada dos destinatários de suas verbas bilionárias.

Em 1954, uma comissão de investigações do Congresso americano já tinha descoberto que fundações como a Rockefeller, a Carnegie e a Ford exerciam um controlo indevido sobre as universidades, as instituições de pesquisa e a cultura em geral, orientando-as num sentido francamente anticristão e antiamericano. A influência exercida por essas organizações não consistiu só em introduzir uma determinada cor política na produção cultural, mas em alterá-la e corrompê-la até às raízes, subordinando aos objectivos políticos e ideológicos pretendidos todas as exigências de honestidade, veracidade e rigor.

Sem essa interferência, fraudes imensas como o Relatório Kinsey ou a pseudo-antropologia de Margaret Mead jamais teriam conseguido impor-se nos meios académicos e na comunicação social cultural como produtos respeitáveis de uma actividade científica normal.

A comissão foi alvo de ataques virulentos de todos os grandes meios de comunicação, e o seu trabalho acabou por ser esquecido, mas ainda é uma das melhores fontes de consulta sobre a instrumentalização da política cultural (Ver René Wormser, Foundations, Their Power and Influence, Nova York, Devin-Adair, 1958).

Na verdade, sem se estar na posse destes factos não se pode compreender nada do que se passou de seguida: a experiencia tentada à escala americana, foi alargada a todo mundo: a apropriação dos meios de acção cultural pelas organizações militantes e o sacrifício integral da inteligência humana no altar da “vontade de poder” globalizaram-se.

Recursos incalculavelmente vastos, que poderiam ter sido utilizados para o progresso do conhecimento e para a melhoria da condição de vida da espécie humana, foram assim desperdiçados para sustentar a guerra geral da estupidez militante contra a “civilização ocidental” e o cristianismo que haviam gerado esses mesmos recursos.

É patético observar como, ainda hoje, já em plena fase de implantação do governo mundial, os analistas políticos, das universidades e dos media, continuam a ignorar que os acontecimentos mais marcantes dos últimos sessenta anos foram: primeiro, a ascensão de elites globalistas, desligadas de qualquer interesse nacional identificável e empenhadas na construção não somente de um Estado mundial mas de uma pseudocivilização planetária unificada, inteiramente artificial, concebida não como expressão da sociedade mas como instrumento de controle da sociedade pelo Estado; segundo, os progressos fabulosos das ciências humanas, que depositaram nas mãos dessas elites meios de dominação social jamais sonhados pelos tiranos de outras épocas.

Há várias décadas atrás, Ludwig von Bertalanffy (1901-1972), o criador da Teoria Geral dos Sistemas, ciente de que sua contribuição para a ciência estava sendo usada para fins indevidos, advertia:

 “O maior perigo do totalitarismo moderno é talvez o facto de que está terrivelmente avançado não somente no plano da técnica física ou biológica, mas também no da técnica psicológica. Os métodos de sugestionamento em massa, de liberação dos instintos da besta humana, de condicionamento ou controle do pensamento desenvolveram-se até alcançar uma eficácia formidável: o totalitarismo moderno é tão terrivelmente científico que, perto dele, o absolutismo dos períodos anteriores aparece como um mal menor, diletante e comparativamente inofensivo.”

Em L’Empire Écologique: La Subversion de l’Écologie par le Mondialisme, Pascal Bernardin explicou, com os maiores detalhes, como a Teoria Geral dos Sistemas tem servido de base para a construção de um sistema totalitário mundial, que nos últimos trinta anos, definitivamente, saiu do estado de projecto para o de uma realidade patente, que só não vê quem não quer.

O cidadão comum das democracias nem pode ter ideia da pletora de recursos hoje postos à disposição dos novos senhores do mundo pela psicologia, pela sociologia, etc.

O Instituto Tavistock, em Londres, por exemplo, foi constituído pela elite global em 1947 com a finalidade única de criar meios de controle social capazes de conciliar a permanência da democracia jurídica formal com a dominação completa do Estado sobre a sociedade.

Só para se fazer uma ideia de até onde a coisa chega, os programas educacionais de quase todas as nações do mundo, em vigor desde há pelo menos trinta anos, são determinados por normas homogéneas directamente impostas pela ONU e calculadas, não para desenvolver a inteligência ou a consciência moral das crianças, mas para fazer delas criaturas dóceis, facilmente moldáveis, sem carácter, prontas a aderir entusiasticamente, sem discussão, a qualquer nova palavra de ordem que a elite global julgue útil para os seus objectivos. Os meios usados para o conseguir são técnicas de controle “não aversivas”, concebidas para fazer com que a vítima, cedendo às imposições da autoridade, sinta fazê-lo por livre vontade e desenvolva uma reacção imediata de defesa irracional à simples sugestão de examinar criticamente o assunto em apreço.

Seria um eufemismo dizer que a aplicação em massa dessas técnicas “influencia” os programas de educação pública: elas são todo o conteúdo da educação escolar actual. Todas as disciplinas, incluindo matemática e ciências, foram reformuladas para servir os propósitos de manipulação psicológica. O próprio Pascal Bernardin descreveu meticulosamente o fenómeno em Machiavel Pédagogue. Leiam e descobrirão por que os vossos filhos não conseguem ler uma obra clássica ou completar uma frase sem erros gramaticais, mas voltam da escola - depois de terem sido, anos a fio, intoxicados de rectórica marxista-feminista-multiculturalista-gayzista -falando grosso como um comissário do povo, exigindo dos pais uma conduta “politicamente correcta” e reagindo com quatro pedras na mão diante de qualquer tentativa de antagonizar a opinião de seus semiletrados professores esquerdistas (ver, também, a propósito, Dumbing Dow America, de James Delisle).

O primeiro passo para a institucionalização da corrupção generalizada no mundo - abrindo caminho a uma intervenção exponencialmente invasiva do Estado na vida das pessoas a pretexto de controlar o caos, entretanto, instalado - é, precisamente, a destruição da moral tradicional e a sua substituição pelo aglomerado turvo de slogans e casuísmos politicamente correctos que, sendo vazios e moldáveis às conveniências tácticas do momento, só servem  para concentrar ainda mais poder nas mãos dos mais poderosos, cínicos e despudorados. Quando as noções simples de veracidade, honestidade e sinceridade são neutralizadas como meros “preconceitos” e, em seu lugar, se consagram fetiches verbais hipnóticos como “justiça social”, “racismo” e “sexismo” que mais se pode esperar senão a confusão geral das consciências e a ascensão irrefreável da vigarice generalizada?

A rapidez com que mutações repentinas de mentalidade, muitas delas arbitrárias, grotescas e até absurdas, são impostas universalmente sem encontrar a menor resistência, como se emanassem de uma lógica irrefutável e não de um maquiavelismo desprezível, pode ser explicada pelo adestramento escolar que prepara as crianças para aceitar as novas modas como mandamentos divinos,

Mas, evidentemente, a escola não é a única agência empenhada em produzir esse resultado. A grande media e a indústria do entretenimento, hoje maciçamente concentradas nas mãos de megaempresas globalistas, têm também um papel fundamental na estupidificação das massas. Para isso, uma das técnicas mais empregue é a da dissonância cognitiva,  descoberta do psicólogo Leon Festinger (1919-1989).

Embora esse processo seja de alcance mundial, o seu peso foi mais sentido em países mais novos do terceiro nundo, onde as criações de épocas anteriores não tinham sido assimiladas com muita profundidade e as raízes da civilização podiam ser mais facilmente cortadas.

 No Brasil, por exemplo, da década de sessenta em diante, os progressos da barbárie foram talvez mais rápidos do que em qualquer outro lugar, destruindo com espantosa facilidade as sementes de cultura que, embora frágeis, vinham dando alguns frutos promissores. A comparação impossível entre as duas épocas, que mencionei acima, é ainda mais impossível no caso brasileiro.

Na década de 50, tínhamos, vivos e actuantes, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Álvaro Lins, Augusto Meyer, Otto Maria Carpeaux, Mário Ferreira dos Santos, Vicente Ferreira da Silva, Herberto Sales, Cornélio Penna, Gustavo Corção, Nelson Rodrigues, Lúcio Cardoso, Heitor Villa-Lobos, Augusto Frederico Schmidt, a lista não acaba mais.

Hoje, quem representa nos media a imagem da “cultura brasileira”? Paulo Coelho, Luís Fernando Veríssimo, Gilberto Gil, Arnaldo Jabor, Emir Sader, Frei Betto e Leonardo Boff. Perto destes, Chomsky é um Aristóteles.

E, ainda por cima, a palavra “cultura” evoca hoje, desde logo, uma ideia errada;  “Cultura” significa antes de tudo “artes e espectáculos” - e as artes e espectáculos, por sua vez, resumem-se a três funções: dar um bocado de dinheiro aos que as produzem, divertir o povão e servir como caixa-de-ressonância da propaganda política.

 Que a cultura devesse também tornar as pessoas mais inteligentes, mais sérias, mais adultas, mais responsáveis pelas suas acções e palavras, é uma expectativa que já desapareceu da consciência geral há muito tempo.

A alta cultura simplesmente desapareceu; desapareceu tão completamente que já ninguém dá pela sua falta.

Chamar a isto crise, ou mesmo decadência, é de um optimismo delirante. A cultura tornou-se a caricatura de uma palhaçada. É uma coisa oca, besta, disforme, doente, incalculavelmente irrisória.

A inteligência, ao contrário do dinheiro ou da saúde, tem uma peculiaridade: quanto mais se perde, menos se dá pela sua falta. O homem inteligente, afeito a estudos pesados, logo acha que emburreceu quando, cansado, nervoso ou mal dormido, sente dificuldade em compreender algo. Mas, aquele que nunca entendeu grande coisa acha-se perfeitamente normal quando não entende nada.

 Uma das coisas que me delicia e me leva ao êxtase, quando contemplo o mundo de hoje, é o ar de seriedade com que as pessoas discutem e pretendem sanar os males económicos, políticos e administrativos, sem ligar a mínima para a destruição cultural, como se a inteligência prática subsistisse incólume ao emburrecimento geral, como se inteligência fosse um adorno a ser acrescentado ao sucesso depois de resolvidos todos os problemas, ou como se a inépcia absoluta não fosse um obstáculo à conquista da felicidade geral.

 Nenhum ser humano ou país está mais louco do que aquele que acredita poder resolver todos os seus problemas primeiro, para se tornar inteligente depois.

A inteligência não é um adorno do vencedor, é o caminho da vitória. Não é a cereja no topo do bolo, é a receita do bolo.

Nem tudo pode ser resolvido com formulazinhas prontas, com pragmatismos rotineiros, com improvisos imediatistas ou mesmo com técnicas da moda, por avançadas que sejam, se não houver por trás delas uma inteligência bem formada, poderosa, capaz de as transcender e por isso, só por isso, capaz de as manejar com acerto?

A sólida estupidez actual é a culminação de pelo menos sessenta anos de desprezo pelo conhecimento. A aposta obsessivamente repetida no poder mágico da ignorância esperta levou finalmente ao resultado inevitável: a bancarrota cultural, moral e política.

Hoje, todos restringem o uso da racionalidade às suas actividades profissionais particulares, abandonando as escolhas pessoais de vida e as opções políticas à miragem de sonhos e desejos irracionais; tanto as classes populares como as próprias “elites” – políticos, académicos, empresários, jornalistas e formadores de opinião em geral - são dependentes de propaganda, slogans e imagens ilusórias, e são tão completamente incapazes de um exame realista do estado das coisas, quanto os empregadinhos de escritório de que falava Eric Voegelin.

Se alguém lhes dá factos, razões, diagnósticos fundamentados e previsões acertadas, sentem-se mal.

Não se ofendem quando lhes sonegam a verdade; mas quando lhes contam alguma verdade que divirja das pseudocertezas estereotipadas dos media populares, hoje investidos de autoridade pontifícia, reagem com horror.

Não querem conhecimento, visão, maturidade: querem aquele conforto, aquele amparo psicológico, aquelas ilusões anestésicas que os manipuladores totalitários jamais deixarão de lhes fornecer.

O exercício da razão, hoje, é um privilégio exclusivo dos grandes decisores estratégicos e engenheiros comportamentais - que por motivos óbvios não pensam em o partilhar com ninguém - e de alguns estudiosos independentes que tentam em vão partilhá-lo com quem não o deseja.

Sendo a acção política um subproduto da cultura, no estado em que as coisas estão, nenhuma acção política inteligente, é previsível nas próximas duas ou três gerações. Da política nada de bom se pode esperar, portanto, num prazo humanamente suportável.

Uma acção cultural de grande escala - a fundação de autênticas instituições de ensino superior - também não é nada provável, dado o estado das chamadas “elites” e, até da Igreja.

A única solução viável, que vejo, é a formação de pequenos grupos solidários, firmemente decididos a obter uma formação intelectual sólida, sem nenhum reconhecimento oficial ou académico.

O processo é trabalhoso, mas simples: cumprir as tarefas tradicionais dos estudos académicos: dominar o trivium, aprender a escrever lendo e imitando os clássicos de três idiomas pelo menos; aprofundar o mais possível o conhecimento de  Aristóteles, Platão e Tomás de Aquino (qualquer ideia que não venha pré anunciada na Bíblia, em Platão ou Aristóteles, provavelmente é asneira); ler muito Leibniz, Schelling e Husserl; absorver o mais possível o legado da universidade alemã e austríaca da primeira metade do século XX, conhecer muito bem a história comparada de duas ou três civilizações, absorver os clássicos da teologia e da mística, e então, só então, ler Marx, Nietzsche e Foucault.

Se depois deste regime você ainda se impressionar com estes três, é porque você é burro, mesmo, e não há nada a fazer.

 

A partir, de textos de Olavo de Carvalho

 

 


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