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Mostrando postagens de novembro, 2021
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                                                                        "Os não vacinados não são bem vindos!"                                  O CARTAZ DE VACLAV HAVEL « O dono duma mercearia, na Checoslováquia dos anos setenta, coloca na sua montra, entre cebolas e cenouras, o seguinte cartaz: “ Operários de todo o mundo, uni-vos !” Porque o terá  feito ? Que mensagem quererá transmitir? Estará assim tão empolgado com a possibilidade dos trabalhadores de todo o mundo se unirem? Será, o seu entusiasmo  tão grande  que o faça sentir um impulso irresistível para publicitar os seus ideais? Terá ele gasto um segundo a pensar se tal união é possível e o que significa, na realidade? Creio que podemos afirmar com segurança que a esmagadora maioria dos lojistas nunca pensaram no conteúdo dos slogans que exibem nas suas montras, nem muito menos os usam para expor as suas verdadeiras convicções. O merceeiro coloca o cartaz na sua montra, entre cebolas e cenouras, simplesment
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                                                                                                      A CRIAÇÃO DO ESTADO MODERNO  Uma certa desonestidade aparece, logo, nas bases da metafísica de Hegel, quando ele proclama que o conceito de ser, enquanto indeterminado, equivale ao nada — conferindo subrepticiamente validade ontológica absoluta a esse juízo que só tem sentido gnoseológico, isto é, confundindo a ordem do ser com a ordem do conhecer , o que, num homem da sua habilidade lógica, verdadeiramente virtuosíssima, não pode ser um erro involuntário, mas um truque propositado. E, onde há safadeza intelectual há também, inseparavelmente, alguma forma mais grosseira, mais material, de desonestidade: pesquisas recentes demonstraram que Hegel, que se declarava fiel do protestantismo e nunca foi membro de qualquer grupo esotérico ou sociedade secreta, recebia no entanto dinheiro de agremiações maçónicas interessadas em promover a ideia de uma Religião de Estado que substituisse à Igr
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                                                                                                                      DIGNIDADE [1]                                           Tanto a democracia-liberal como o comunismo têm uma visão minimalista da natureza humana. Prometendo libertar o Homem das exigências excessivas duma metafísica clássica e medieval, segundo eles, ultrapassada, irrealista e própria de uma cultura de cariz aristocrático, procuram legitimar o rebaixamento das aspirações humanas,   afastando da sua esfera a prossecução de grandes desígnios, a prática das virtudes clássicas, a procura da sabedoria e da santificação pessoal. A noção de grandeza deixa, assim, de estar inscrita na essência do ser humano. A esta nova visão tacanha da humanidade, subjaz o princípio da igualdade, segundo o qual todo o julgamento de objectivos e modos   de vida,   é proibido pois, todos eles são, a priori, igualmente válidos. John Stuart Mill e T.H. Green, dois ideólogos do liberali
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                                                                              DO HORROR AO SOFRIMENTO   Ao meu amigo Gil Cardoso Dias   «Cristo ressuscitado exibe até ao fim dos tempos as suas chagas como troféus, diz-nos S. Tomás de Aquino (Suma Teológica, Terceira Parte, Questão 54, Artigo 4º). Elas, são como as cicatrizes ganhas por um guerreiro que jamais pensará apagá-las, para não apagar a memória viva de seus feitos heroicos. Do mesmo modo, a lição da Ressurreição é a de que todas as nossas dores - o nosso coração desfeito, a perda de qualquer esperança neste mundo, o horror da perda de um ente querido, a decadência do corpo e a agonia da morte – todas essas memórias, para os cristãos, serão, na eternidade, as suas  Chagas de Cristo .» Edward Feser Este é o maior e mais terrível impedimento para a nossa santificação. A imensa   maioria das almas   que vão caindo pelo caminho, deixam de chegar ao cume por não ter conseguido dominar o horror ao sofrimento que a sua carne fraca e