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Mostrando postagens de fevereiro, 2024
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  “No meu estudo das sociedades comunistas, cheguei à conclusão de que o propósito da propaganda oficial não era persuadir, nem convencer, nem informar, mas humilhar; e, para isso, quanto menos correspondesse à realidade, melhor. Quando as pessoas são forçadas a ficar em silêncio enquanto ouvem as mais óbvias mentiras, ou, pior ainda, quando elas próprias são forçadas a repetir essas mentiras, perdem de uma vez para sempre todo o seu senso de probidade. Uma sociedade de mentirosos castrados é mais fácil de controlar.” (Theodore Dalrymple) PORQUE RAZÃO AS PESSOAS CONTINUAM A ALINHAR COM A RIDÍCULA PROPAGANDA OFICIAL?  O cidadão médio das democracias liberais do ocidente vive mergulhado   num esquema verdadeiramente magistral de manipulação coordenada - por parte dos meios de comunicação social, do ensino obrigatório, da indústria do entretenimento, etc. - que faz Goebbels parecer um amador. Tal facto pode não ser de imediato evidente, dada a natureza risível da maior parte do lixo infor
                        O MAIOR PERIGO, O ESTADO           ( in A Rebelião das Massas, Ortega e Gasset )   Este é o maior perigo que hoje ameaça a civilização: a e statização da vida, o intervencionismo do Estado, a absorção de toda espontaneidade social pelo Estado; isto é, a anulação da espontaneidade histórica, que sustenta, nutre e impele os destinos humanos. Quando a massa sente uma desventura, ou simplesmente algum forte apetite, tem sempre a grande tentação de conseguir tudo — sem esforço, sem luta, sem risco — pondo em funcionamento a portentosa máquina do Estado. A massa diz a si mesma: "o Estado, sou eu", o que é um perfeito erro. O Estado contemporâneo e a massa só coincidem no facto de serem ambos anónimos. O homem-massa crê, com efeito, que ele próprio é o Estado, e tenderá cada vez mais a utilizá-lo, sob qualquer pretexto, para esmagar toda a minoria criadora que o perturbe - na política, nas ideias, na economia. O resultado desta tendência será fatal
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                                                                                                          The safest general characterization of the European philosophical tradition is that it consists of a series of footnotes to Plato. Alfred North Whitehead, Process and Reality, p. 39 [Free Press, 1979]    VIRTUDES CARDEAIS E SUAS CONTRAFACÇÕES MODERNAS As virtudes cardeais são a  Prudência (Sabedoria), a Fortaleza (Coragem), a Temperança (Moderação) e a Justiça .   São assim chamadas porque são tradicionalmente consideradas como a "dobradiça" ( cardo ) sobre a qual gira o resto da moralidade.   Encontramo-las discutidas na República de Platão e com uma exposição ainda mais sistemática na Summa Theologiae de São Tomás de Aquino. Para Platão, estas virtudes estão relacionadas com as três partes principais da alma e com as três classes sociais principais que lhes correspondem, na sua cidade ideal.  A sabedoria ( sophia ) é a virtude caraterística da parte mais elevada da a
  Só existem dois caminhos na vida, o que conduz ao céu e o que conduz ao inferno. E existem apenas dois modos de vida, o modo da salvação e o modo do bem-estar . É preciso viver no modo da salvação para acabar no céu, e o modo do bem-estar só pode levar ao inferno. O céu começa na terra quando se persegue a salvação, e o inferno é aqui mesmo para aqueles que perseguem o bem-estar. Não se pode viver nos dois modos, pois eles excluem-se mutuamente, embora se possa viver num e depois noutro. É o modo em que se persiste até o fim que determina a eternidade. Não é que o bem-estar, em si, seja o inferno, pois é um bem, embora não seja o último bem. O que quero dizer excatamente com salvação e bem-estar, e porque é que se excluem mutuamente? Num fascinante livro dos anos 70, intitulado "Marriage: Dead or Alive, o psiquiatra junguiano suíço do século XX, Adolf Guggenbühl-Craig, explicou que o casamento estava a falhar mais do que nunca porque era erradamente retratado e entendido no m