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Mostrando postagens de outubro, 2023
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    « Já Eurípedes ,  em  As Bacantes,  tinha percebido   o que aconteceria à   Cidade   se as mulheres fossem levadas a "deixar os seus teares" indo "dançar nuas para as montanhas".  Como Pentheus acabou por perceber no decorrer da peça, depois de Dionísio lhe chamar a atenção, os apetites lascivos nascidos da visão de semelhante espectáculo, estavam a influenciar o modo como ele próprio lidava com a questão, pondo em perigo a  ordem social e o próprio fundamento do Estado. O feminismo foi o modo que os mandarins, que orquestraram a revolução cultural dos anos 60, encontraram para fazerem as mulheres "abandonarem os seus teares" e "irem dançar nuas para as montanhas"; e hoje assistimos a uma guerra  sem tréguas contra a  natureza,  através dos meios de comunicação social, da indústria do entretenimento e de todas as instituições do Estado moderno, para impedir que as mulheres voltem para os seus "teares", depois de se ter tornado evide
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                                    O Monge, afinal, Estava Certo!   Vamos supor que algumas pessoas muito importantes, a conselho de alguns “especialistas” também muito importantes, decidem que um determinado candeeiro de iluminação pública deve ser derrubado. Como é usual nestas situações, começarão por promover uma campanha nos jornais para levar o cidadão comum a reivindicar - como se de um propósito seu, há muito amadurecido, se tratasse - o derrube do tal candeeiro. Acicatados os ânimos, mais cedo ou mais tarde, gerar-se-a um tumulto nas ruas por tão maligno candeeiro ainda permanecer de pé.   Mas, suponhamos, ainda, que no meio da multidão indignada surge, qual símbolo do espírito medieval, um monge envolto no seu hábito de burel, que levantando a voz diz, à maneira árida dos Escolásticos: “Meus irmãos, antes de derrubar o candeeiro, considerem primeiro qual o valor da Luz - será, ela, em si mesma, boa?”   Muito naturalmente, ninguém prestará a mais leve atenção ao monge
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  Gabriel Attal   O que faz, de nós, seres humanos é o facto de sermos capazes de ver, tudo aquilo que pensamos, imaginamos, raciocinamos e recordamos, como um todo em relação ao qual podemos dizer um Sim ou um Não,   um “é verdadeiro” ou um “é falso”, isto é, o sermos capazes de julgar da veracidade ou falsidade de tudo aquilo que a nossa própria mente vai conhecendo ou produzindo.  A  nossa  vida intelectual é, portanto, função da nossa vida moral.    Ou, por outras palavras, p ara se ser capaz de apreender a verdade – objectivo último da vida intelectual - é necessário ter-se senso moral e uma vida moralmente orientada.   Qualquer um pode conceber uma criação intelectual qualquer (pensar, até um burro  pensa ), mas quanto mais, aquele que pensa, tiver renunciado a uma vida orientada pela lei moral, mais as suas   construções intelectuais serão resultado, não da realidade externa, mas dos seus desejos pessoais internos.     Na vida intelectual ou conformamos os nossos   desej