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Mostrando postagens de novembro, 2022
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  Do conformismo generalizado perante as mais óbvias incoerências e contradições do discurso oficial   Hoje, a grande maioria das pessoas não presta qualquer atenção à Vida Real. Para o homem moderno, a vida real, é algo com importância apenas a nível pessoal e subjectivo.  A experiência pessoal e as observações directamente obtidas, são apenas “coisas” "pessoais" que devem ser ignoradas. Para encontrar a “realidade” – algo verdadeiramente válido, sério, e objectivo – as pessoas, viram-se para o mundo remoto da “ciência”, da “investigação", do Direito, da economia, etc. Mas esta “realidade” pública e (supostamente) “objectiva” é conhecida pelas massas apenas indirectamente através dos meios de comunicação social, dos especialistas, dos porta-vozes dos governos e organizações internacionais.… Assim, a "realidade objectiva", nunca é aprendida pelos próprios; ela está sempre algures, noutro lugar - e é comunicada à população somente através de instituiçõ
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                                                                                      ... for every individual, like myself for instance, who does not believe in God or his own immortality, the moral laws of nature must at once be changed into the exact opposite of the former religious laws, and that self-interest, even if it were to lead to crime, must not only be permitted but even recognized as the necessary, the most rational, and practically the most honourable motive for a man in his position.' " The Brothers Karamazov by Fyodor Dostoyevsky - translated by David Magarshack.  Condenado por Defender o Pecado     O que torna o mundo moderno tão condenável, é o facto de induzir as pessoas a defenderem o pecado. O que torna a revolução sexual tão condenável não é tanto o facto de encorajar as pessoas a pecar, mas o facto de lhes fornecer uma estrutura de defesas psicológicas pela qual, o pecador, em vez de admitir a sua fraqueza e incapacidade de resistir à tentação, é
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                                                 «Há um ponto interessante, nesta discussão acerca dos direitos naturais, que muitas vezes é mal compreendido ou totalmente ignorado: S. Tomás de Aquino insiste que no grupo doméstico não podem existir direitos individuais   em sentido estrito .  Ou seja, em comparação com a dedicação, o carinho e o zelo essenciais para a manutenção do grupo doméstico, a justiça tem de ser relegada para segundo plano .  A verdade é que neste grupo os seres humanos têm especiais relações de intimidade entre si - marido e mulher, pais e filhos, senhores e servos -, e por isso, estritamente falando, a relação, entre eles, não é de um com o outro, mas de cada um com o agregado familiar: não há clivagem clara entre os diferentes membros do grupo doméstico; não se podendo portanto dizer que, entre eles, algo é devido a um deles ou que um deles tem direito a algo, pois todos eles são, em certo sentido, um só. Como indivíduos, é claro, todas essas pessoas têm o
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                                                                   MAGNUM LATROCINIUM   Desde a Segunda Guerra mundial as classes dirigentes, do ocidente democrático, têm vindo a transformar profundamente os nossos regimes políticos através de esquemas fraudulentos sucessivos que, no fundo têm apenas servido para transferir cada vez mais riqueza e poder para os mais ricos e poderosos. Estas fraudes, sucessivas, quando observadas no seu conjunto, consubstanciam aquilo a que Santo Agostinho chamava um magnum latrocinium ,” - ou, numa terminologia moderna, uma fraudocracia . Como foi possível que tal acontecesse? Vejamos: qual será o denominador comum entre os recentes confinamentos obrigatórios, a obrigatoriedade de uso de máscara, a campanha de vacinação em massa, as distúrbios anti-racistas, as cruzadas contra alterações climáticas, a promoção dum novo paradigma na relação entre os sexos e até da redefinição dos sexos através da “ideologia de género”? O que é que todos estes
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  «Embora, nunca como hoje, se encha tanto a boca com a palavra liberdade , a verdade é que, nas democracias liberais modernas, o controlo exponencialmente invasivo da vida dos cidadãos parece não ter fim. Trata-se dum problema irresolúvel, do ponto de vista humano: o liberalismo e todas as doutrinas, de esquerda ou de direita, dele derivadas, trazem ínsito no seu ADN o conceito de autodeterminação  e este opondo-se ao conceito aristotélico de liberdade (posteriormente, adoptado e desenvolvido por S. Tomás), que se consubstanciava na capacidade do ser humano actuar segundo a ordem do ser (segundo a realidade , a verdade , a nat ureza das coisas , o Logos , a ordem divina ), traduz-se, pelo contrário, na “liberdade do querer” de que falava Heguel, uma “liberdade verdadeiramente infinita cujo limite se encontra apenas nela própria”. Esta liberdade de cada um configurar a própria vida ao seu gosto converte cada ser humano num pequeno déspota que, se bem lhe apetecer, pode independenti
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  «Mas, eu não estou a supor que os dirigentes do futuro serão homens maus. Eu estou a afirmar que eles nem sequer serão homens (no sentido tradicional); serão, quando muito, homens que abdicaram da sua condição humana.   No que lhes diz respeito, "bom" e "mau”, serão palavras sem sentido: eles terão plenos poderes para decidir qual o sentido a atribuir a essas palavras.  ... Os futuros dirigentes não serão, pois, necessariamente homens maus: na realidade, não serão, de todo, homens - ao abandonarem o  Logos , caíram no vazio. »  The Abolition of Man , B.C. Lewis, 1943   Ao reflectir sobre o carácter vago, a incoerência e a desonestidade da noção corrente de “racismo” - o mesmo se podendo dizer de outros fetiches modernos relacionados, por exemplo, com sexo, classe, justiça social, etc. - ocorreu-me que é precisamente a sua indefinição, incoerência e desonestidade que tornam, conceitos como "racismo", "sexismo", etc., tão valiosos para a esquerda e pa
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                  E, por que não, aderir ao politicamente correcto?   Por que não, aderir às narrativas do politicamente correcto? Por que não havemos de aceitar, sem reservas, a “ideologia de género”, o "anti-racismo", o "feminismo", o "gaysismo", o “trans-humanismo”, o combate às “alterações climáticas” e à “pandemia mais apocalíptica da história das pandemias apocalípticas da história da humanidade”, …? Por que não? Já que nada  podemos fazer contra o totalitarismo global, por que não, tentar tirar o melhor partido da situação? Por que não, explorar a situação em vez de andar para aí com lamúrias? Façamos o que nos é mais conveniente! - por que não? Por que não fazer, do politicamente correcto, uma carreira de sucesso - como tantos outros fazem?   Por que não entregar, a porção mais íntima de nós mesmos, ao sistema - tal como já entregámos o nosso comportamento público? Por que não? Ao alimentarmos dúvidas, ao mantermos reservas, s
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  ... Ora, quem nos uniu neste bom sentimento, que recordaremos por toda a vida, quem foi senão Iliúchetchka, rapazinho bondoso e querido para nós para todo o sempre?! Não o esqueçamos nunca, memória eterna para ele nos nossos corações!  - Sim, sim memória eterna! - gritaram todos os rapazes com as suas vozes sonoras, os rostos comovidos.  - Lembrar-nos-emos dele, do seu rosto, do seu casaco, das suas pobres botas, do seu caixão; e do seu pai, o desgraçado pecador, e da coragem com que  Iliúchetchka enfrentou, sozinho, a turma inteira! Lembrar-nos-emos, sim! - gritaram de novo os rapazes. - Ele era corajoso, era bondoso!  - Ah, como gostava dele! - exclamou Kólia.  - Ah, filhos, ah, meus queridos amigos, não há que ter medo da vida! Que bela é a vida quando fazemos alguma coisa boa e verdadeira!  - Sim, sim! - repetiram os rapazes com entusiasmo.  - Karamázov, gostamos de si! - exclamou uma voz, talvez a de Kartachov. Viva o Karamázov! - proclamou Kólia. - E memória eterna para o rapaz
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                                                                                                          A Sociedade Paliativa Byung–Chul Han é um filósofo germano-coreano que, nascido em Seul, se radicou na Alemanha nos anos oitenta onde estudou filosofia na universidade de Friburgo e Literatura Alemã e Teologia na Universidade de Munique. Em 1994 doutorou-se nesta universidade com uma tese sobre Martin Heidegger. Ensina, actualmente Filosofia na Universidade de Berlim. Talvez por vir “de fora” tenha uma visão particularmente lúcida da sociedade actual. Publicou em 2020, “A sociedade Paliativa” onde analisa as causas e consequências da nossa estranha reacção à presente “pandemia”. Eis algumas passagens deste seu livro: «Hoje reina por toda a parte uma algofobia , um medo patológico da dor. A tolerância à dor diminui rapidamente. A algofobia tem por consequência uma anestesia permanente . Tenta-se evitar a todo o custo qualquer estado doloroso.  Até o sofrimento amoroso se tornou
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                                                                                   Protesto Climático               Mais de 50 alunos bloqueiam escola pelo fim dos combustíveis fósseis (msn.com) O uso de menores de idade como veículos de propaganda, embora seja claramente um abuso da inocência alheia, tornou-se desde há décadas um costume tão generalizado que, dessensibilizados pela repetição, já nem reparamos no que tem de imoral e criminoso. Começou, até onde é possível comprová-lo, na Revolução Francesa. Depois foi assimilado pelos anarquistas e comunistas que usavam garotos fanatizados para lançar bombas sobre os aristocratas. Esses movimentos tinham não somente um exército de recrutas facilmente governáveis, mas ainda a indiscutível vantagem publicitária do martírio infantil.  Em contrapartida, a indústria capitalista descobriu o emprego publicitário da candura infantil para a venda de toda a espécie de produtos: crianças posando em anúncios, funcionavam como emblemas, fortemente
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  Did The Former Soviet Union Experience What Awaits Europe? - A Son of the New American Revolution (sonar21.com) Solzhenitsyn, escreveu, no seu último livro (Two hundred years together), não ter sido a revolução comunista de 1917 feita por russos, mas por "estrangeiros que odiavam russos e cristãos", que estes tinham perpetrado "o maior massacre da história da humanidade" que, no entanto, permanecia largamente ignorado porque "os mesmos que cometeram esses massacres dominam, hoje, os meios de comunicação social mundiais" (SIC). O artigo acima refere-se ao livro de Alex Krainer que descreve como, após a queda da União soviética, o ocidente instalou na Rússia um regime liberal sob o qual as grandes multinacionais ocidentais, o FMI e o Banco Mundial saquearam as riquezas da Rússia criando meia dúzia de oligarcas super-ricos enquanto o povo russo morria de fome e vítima de todo o tipo de epidemias - como, nem nos piores tempos da União Soviética se tinha vist