Optávit, et datus est mihi sensus


 

Epístola da Missa Comemorativa de Santo António de Lisboa, Celebrada a 13 de Junho

Extraída do Livro da Sabedoria 7: 7-14

 

Desejei a inteligência, e foi-me dada; invoquei o Senhor, e recebi o espírito de sabedoria. Preferia-a aos reinos e aos tronos, e julguei que as riquezas nada valiam em sua comparação.  Nem pus em paralelo com ela as pedras preciosas, porque todo o ouro em sua comparação é como um pouco de areia, e a prata deve ser considerada como lodo, à sua vista. Amei-a mais do que a saúde e a beleza, e resolvi-me a tê-la por luz, porque a sua claridade é inextinguível. Todos os bens me vieram juntamente com ela, e recebi de  suas mãos inumeráveis riquezas. Regozijei-me em todas as coisas, porque ia adiante de mim esta sabedoria, apesar de eu ignorar que ela é a mãe de todos estes bens. Aprendi-a sem intenções reservadas, e  reparto-a com os outros sem inveja, a ninguém ocultando as suas riquezas.  Porque ela é um tesouro infinito para os homens, e os que lhe obedecem  foram feitos participantes da amizade de Deus, e estão recomendados pelos dons dos seus ensinamentos.

 

Ou, como dizia, mais prosaicamente, Olavo de Carvalho:

 

“Desde que descobri que existe um treco chamado “realidade” e que é possível conhecê-lo, descrevê-lo e até compreendê-lo, essa é a minha paixão. Nada mais me interessa.”

 

 

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