«Considerem aqui os que são muito activos, e pensam
abarcar o mundo com as suas pregações e obras exteriores: bem maior proveito
fariam à Igreja, e maior satisfação dariam a Deus – além do bom exemplo que
proporcionariam a si mesmos, - se gastassem ao menos a metade do tempo empregado nessas
obras, em permanecer com Deus na oração. Então, muito mais haviam de fazer, não
há dúvida, e com menor trabalho, numa só obra, do que em mil, pelo merecimento
de sua oração na qual teriam adquirido forças espirituais. Do contrário, tudo é
martelar, fazendo pouco mais que nada, e às vezes nada, e até prejuízo. Deus
nos livre de que o sal comece a perder o sabor! (Mt 5.13). Neste caso, quanto
mais parece que se faz alguma coisa exteriormente, em substância nada se faz,
pois, é certo, as boas obras não podem ser realizadas senão por virtude de
Deus».
S. João da Cruz
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