«Mas, eu não estou a supor que os dirigentes do futuro serão homens maus. Eu estou a afirmar que eles nem sequer serão homens (no sentido tradicional); serão, quando muito, homens que abdicaram da sua condição humana. No que lhes diz respeito, "bom" e "mau”, serão palavras sem sentido: eles terão plenos poderes para decidir qual o sentido a atribuir a essas palavras.
...
Os futuros dirigentes não serão, pois, necessariamente homens maus: na realidade, não serão, de todo, homens - ao abandonarem o Logos, caíram no vazio.»
The Abolition of Man, B.C. Lewis, 1943
Ao reflectir sobre o carácter vago, a incoerência e a desonestidade da noção corrente de “racismo” - o mesmo se podendo dizer de outros fetiches modernos relacionados, por exemplo, com sexo, classe, justiça social, etc. - ocorreu-me que é precisamente a sua indefinição, incoerência e desonestidade que tornam, conceitos como "racismo", "sexismo", etc., tão valiosos para a esquerda e para as forças do mal em geral.
Este tipo de
conceitos vagos, incoerentes e desonestos são característicos da sociedade
anti-religiosa moderna, o que significa que nunca existiu nada de semelhante em
toda a história da humanidade.
Através deles, qualquer indivíduo de esquerda (ou seja, todos os secularistas do espectro político), por mais, irresponsável perverso, impenitente, egoísta, imediatista, hedonista, cobarde e burro que seja, fica na posse de (pseudo) princípios (pseudo) morais pelos quais se supõe superior a todos os seres humanos que o antecederam, a todos os seres humanos não ocidentais e a todos os que no Ocidente se recusam a ser servos da esquerda secular.
Esses princípios pseudo-morais modernos, vagos, desonestos e incoerentes, infiltraram até a Igreja Católica, fazendo crer, a qualquer modernista irresponsável, perverso, impenitente, egoísta, imediatista, hedonista, cobarde e burro, que tem o direito de, por força da sua pretensa superioridade moral, julgar até os maiores santos do passado.
E, desse julgamento, baseado nesses pseudo-princípios morais, só pode resultar um veredicto: a condenação de toda a anterior história da humanidade e de todo o mundo não ocidental; a subversão do verdadeiro cristianismo, da tradição e do bom senso; e a confirmação da superioridade moral do esquerdismo secular moderno, em geral, e de todo e qualquer esquerdista irresponsável perverso, impenitente, egoísta, hedonista, imediatista, cobarde e burro, em particular.
Bruce Charlton
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