MAGNUM LATROCINIUM

 

Desde a Segunda Guerra mundial as classes dirigentes, do ocidente democrático, têm vindo a transformar profundamente os nossos regimes políticos através de esquemas fraudulentos sucessivos que, no fundo têm apenas servido para transferir cada vez mais riqueza e poder para os mais ricos e poderosos.

Estas fraudes, sucessivas, quando observadas no seu conjunto, consubstanciam aquilo a que Santo Agostinho chamava um magnum latrocinium,” - ou, numa terminologia moderna, uma fraudocracia.

Como foi possível que tal acontecesse? Vejamos: qual será o denominador comum entre os recentes confinamentos obrigatórios, a obrigatoriedade de uso de máscara, a campanha de vacinação em massa, as distúrbios anti-racistas, as cruzadas contra alterações climáticas, a promoção dum novo paradigma na relação entre os sexos e até da redefinição dos sexos através da “ideologia de género”?

O que é que todos estes temas que obcecam as sociedades ocidentais há mais meio século, têm em comum?

Todos, sem excepção, têm sido impostos pelas classes dirigentes, à revelia – e, a maioria das vezes contra - a vontade dos povos. Tendo por base assumpções que, embora contradigam gritantemente bom senso, a natureza das coisas, a estrutura da realidade e até os mais elementares cálculos aritméticos, todas estes esquemas são apresentados como verdades científicas absolutas, por uma legião de personalidades credenciadas pelos governos, especialistas universitários e peritos científicos de saber inatacável, com o apoio unânime dos mídias , sem contraditório e com o silenciamento e perseguição dos dissidentes.

Invariavelmente, todas essas iniciativas vêm a ter resultados desastrosos, produzindo sempre efeitos contrários aos pretendidos: fomentando o ódio entre as raças, impedindo a “reinserção social” dos mais desfavorecidos, criando guetos e aumentando o fosso económico entre os mais pobres e os mais ricos a níveis inimagináveis há umas décadas atrás; arruinando a saúde das populações, degradando ainda mais o ambiente ao ignorar a poluição real a pretexto do combate a um abstracto nível de co2, e tornando impossível qualquer relação normal e natural entre os dois sexos.

 Mas, curiosamente, há um ponto em que, esses esquemas, nunca deixam de ser eficazes: no fim, acabam sempre por determinar a acumulação de mais poder e riqueza nas mãos dos que os fomentaram.

Acidentalmente? Não. Apropriar-se, sob falsos pretextos, dos bens de outrem, para benefício próprio, é a definição de fraude, esquema, cambalacho, moscambilha, aldrabice.  

Todas estas artimanhas, originárias das elites governantes, são a prova crescente da solidariedade entre os seus diferentes sectores e da convicção que têm da sua superioridade moral e intelectual que os justifica da sua cobiça e vontade de dominação.

O certo é que cada uma destas campanhas – cada um destes esquemas fraudulentos -, serve de pretexto para a implementação de um número sempre exponencialmente crescente de medidas legislativas, regulamentares, judiciais e policiais, de escrutínio, controlo e monotorização dos mínimos comportamentos, palavras e pensamentos do cidadão comum, sempre sob o benemérito pretexto de promover alguma louvável causa social, sanitária, ambiental, etc. - ou proteger algum grupo de supostos oprimidos e injustiçados.

E, o facto de todas elas produzirem, sem excepção, efeitos contrários aos que as haviam justificado, em vez de provocar uma reflecção e uma correcção do caminho tomado, serve ainda de pretexto para mais medidas de opressão do pobre cidadão comum e para o correspondente aumento de poder totalitário das elites.

Já repararam que todos os dirigentes de todas as organizações internacionais - da ONU à UE, da OCDE, ao FMI, ao Banco Mundial e ao Fórum Económico Mundial  (leiam os respectivos documentos oficiais) -, todos representantes da elite bilionária globalista, todas as pop-stars, todas as atrizes espivitadas de Hollywood, todas as ONGS, todas as organizações de extrema-esquerda - por eles fartamente subsidiadas -, todos sem excepção, papagueiam em coro monocórdico, o mantra da campanha social, ambiental ou sanitária - do esquema fraudulento - do momento.

As medidas coercivas tomadas pelos vários governos, a pretexto do covid-19, têm tanto a ver com saúde pública, como o movimento black lives matter tem a ver com a defesa da vida dos negros, como a Greta Tungberg tem a ver com a defesa do ambiente, como a escolaridade obrigatória tem a ver com educação, como as legislações contra a “violência doméstica” têm a ver com a defesa das mulheres ou como o comunismo tem a ver com a igualdade.

Lenin deixou bem claro, no seu “Que fazer?”, de 1902; toda as acções revolucionárias não são mais que uma questão de luta pelo poder e da sua conquista pelas vanguardas revolucionárias.

Tal como com o comunismo, todas estas campanhas revolucionárias, baseadas, cada qual, na sua mentira particular, pretendem, através de técnicas de engenharia social, de condicionamento do comportamento e de controlo do pensamento, adaptar a realidade à ideologia do momento, procurando transformar a natureza humana, ao sabor dos apetites totalitários das elites “vanguardistas”.

Todas elas não passam de esquemas fraudulentos, de simples pretextos para transferir mais poderes e mais riqueza para os mais poderosos e mais ricos - ou, como dizia Santo Agostinho, de um magnum latrocinioum.

JFM

 

Comentários

  1. Li alguns dos textos aqui publicados que agradaram-me imenso. Posso partilhar um meu texto com o amigo João? (O texto em questão é bastante simples; é típico de quem tem muito mais a aprender do que a ensinar. Mas, vá lá, ele não é de todo ruim!)

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