REQUALIFICAÇÃO DAS RELAÇÕES SEXUAIS                                           

 

  1- A Guerra Farmacológica Contra as Normais Relações entre os dois Sexos

 

As relações românticas e sexuais sempre foram algo privado. Os momentos íntimos da vida de um casal eram considerados momentos especiais que, como tal, não deveriam ser manchados pela exposição pública. A Revolução Sexual das décadas de 1960-1980 redefiniu a privacidade passando a encará-la como uma repressão patológica.

 Durante essas décadas, práticas sexuais que eram até então consideradas tabu e/ou contrárias à instituição do casamento, foram não só normalizadas, como defendidas e incentivadas.

A maior parte desta campanha propagandística contra as normais relações entre os dois sexos incidiu sobre as mulheres, seguindo o estereótipo de que elas seriam mais facilmente influenciáveis e manipuláveis do que os homens e tendo incidido sobretudo na promoção da dissociação entre sexo e procriação, através da legalização, nomeadamente, do aborto e do uso da nova pílula contraceptiva oral (PCO). 

 Ao contrário do aborto, que continua a ser controverso, a pílula contraceptiva oral é, hoje, amplamente aceite. Milhões de mulheres usam-na. No entanto, a maioria dessas mulheres não faz a mínima ideia das consequências negativas da pílula. 

A primeira PCO chegou ao mercado dos EUA em 1960. Chamava-se Enovid e foi um medicamento de grande sucesso. Em 1965, havia mais de 6,5 milhões de utilizadoras e 89 milhões de dólares em vendas anuais.

  Esta utilização generalizada levou rapidamente à descoberta dos efeitos secundários mais graves das PCOs, nomeadamente a formação de coágulos sanguíneos e ataques cardíacos. Mas a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, numa investigação de 1966, concluiu que não havia "nenhuma ligação conclusiva" entre esses efeitos e a pílula. 

No entanto, à medida que mais PCOs ficaram disponíveis e mais mulheres as tomaram, o problema tornou-se demasiado grande para ser ignorado. 

O lançamento do livro "The Doctor's Case Against the Pill" (Médicos contra a pílula), de 1969, levou o Senado dos Estados Unidos a realizar audiências sobre a segurança das PCOs que  revelaram alguns factos sobre o estrogénio e a progesterona, incluindo o papel do estrogénio como hormona do stress - e "o stress é para o cancro o que o fertilizante é para o trigo". 

Sentindo-se pressionadas, as empresas farmacêuticas produziram PCOs com doses mais baixas de estrogénio e progesterona e a FDA viu-se obrigada de editar um folheto informativo sobre os efeitos secundários da pílula. 

Mas, pouco tempo depois, cientistas vieram declarar que, afinal, o facto de se fumar enquanto se tomava a OCP é que era a verdadeira causa dos coágulos sanguíneos. 

Afinal havia outro culpado - o tabaco. 

O governo federal dos EUA, sentindo-se aliviado, pôde assim, no final dos anos 70, subsidiar as prescrições de PCOs nas clínicas de 2.379 dos 3.099 condados dos EUA.

Seja como for, o facto é que as "baixas doses" de PCO actualmente utlizadas continuam a ser suficientemente elevadas para alterar radicalmente as hormonas reprodutivas das mulheres.

 As PCO são hormonas vindas do exterior que reprimem a produção hormonal natural da mulher, tal como os esteróides anabolizantes suprimem a produção natural de testosterona nos homens. 

Os efeitos secundários das PCO incluem aumento de peso, depressão, alterações da visão, diminuição da líbido, relações sexuais dolorosas, coágulos sanguíneos, acne, hirsutismo (ou seja, crescimento de pêlos como num homem) e aumento do risco de cancro. 

No entanto, se uma mulher sentir algum destes efeitos indesejáveis, o protocolo médico oficial aconselha os médicos a simplesmente mudarem a marca da PCO. 

Mesmo que as mulheres não estejam à procura de sexo, as PCOs são na mesma usadas como um método de controlo as hormonas femininas naturais. Às raparigas, na adolescência, são passadas massivamente receitas de PCOs, apesar dos poucos ou nenhuns dados sobre as consequências à la long da utilização de hormonas exógenas durante a puberdade. 

Às mulheres com relacionamentos sérios ou casamentos são habitualmente prescritas PCOs para garantir que não surjam inesperadas perturbações nas respectivas carreiras profissionais e possam assim continuar a ascender na escada corporativa sem que indesejados bebés lhes venham atrapalhar a vida. 

 No entanto, nenhuma destas mulheres é informada de que a pílula - essencial para este curioso conceito de “libertação” da mulher -  causa depressão, aumento de peso e perda da líbido, o que, em última análise, as torna física e emocionalmente menos atractivas, contribuindo assim para que  muitas delas fiquem sozinhas - mais as suas bem sucedidas carreiras profissionais.

 Existe actualmente uma pílula contraceptiva masculina em fase de testes. Como a paternidade é um marco importante e positivo no crescimento psicológico do sexo masculino, o sistema não pode permitir que os homens heterossexuais (os novos párias da sociedade) cresçam  em sabedoria e sejam mais felizes. A hormona presente na pílula contraceptiva masculina, o undecanoato de dimetandrolona, liga-se aos receptores de androgénio e diminui a produção natural de testosterona para níveis semelhantes aos da castração cirúrgica. 

Se somarmos a isto o declínio já existente da testosterona devido aos químicos desreguladores endócrinos cada vez mais omnipresentes e aos efeitos duma sociedade cada vez mais efeminizada ficaremos com um panorama bem sombrio.

 Dir-se-ia que, o objectivo das sociedades ocidentais modernas é criar mulheres cada vez mais stressadas e tristes e homens cada vez mais fracos e amorfos.

Embora a revolução sexual e a AOC tenham sido muito bem-sucedidas na perturbação das relações tradicionais entre os sexos, a guerra farmacológica do sistema contra as normais relações entre homens e mulheres estava apenas a começar. 

À prescrição em massa da OCP seguiu-se, sem problemas de maior, nos anos 1980-1990, o advento de novos medicamentos antidepressivos - os inibidores selectivos dos receptores da serotonina (ISRS) - cujos efeitos contribuíram dramaticamente para um ainda maior isolamento de homens e mulheres. 

Ao contrário dos medicamentos psiquiátricos mais antigos, os ISRS foram apresentados e vendidos como se fossem praticamente isentos de efeitos secundários. No entanto, sabe-se que os ISRS causam inúmeros efeitos indesejáveis em ambos os sexos - incluindo aumento de peso, aumento da sonolência, ansiedade, agitação, insónia, disfunção sexual, impotência e problemas de ejaculação.

Além disso, o uso alargado em crianças levou a um aumento das tendências suicidas.

  As entidades reguladoras europeias e norte-americanas perante as evidências, acabaram por colocar um Alerta de Alto Risco Medicamentoso associado aos SSRI. 

 Mas, tal como acontece com as OCPs, qual é o conselho do establishment para um doente  que apresente estes efeitos adversos, mesmo que sejam pensamentos suicidas? Mudar para outro SSRI.

 Temos pois que o roteiro moderno das relações entre os dois sexos funciona da seguinte forma:

  Às mulheres, mal entram na puberdade, são-lhes receitados OCPs; ganham peso (ou, evitam-no à custa de dietas draconianas que lhes arruínam a saúde e o humor), ficam deprimidas e logo a medicina, pressurosamente, lhes receita SSRIs para resolver o problema iatrogénico que havia criado.

 Aos homens, é-lhes dito que a masculinidade é uma perturbação psiquiátrica (tóxica), que devem ser mais efeminados e subservientes para com as mulheres (e o poder), e quando - surprise, surprise - eles ficam deprimidos, enfiam-lhes com SSRIs. 

Estes pobres homens e as mulheres passam, assim pela vida feitos zombies sonâmbulos perdendo para sempre as emoções, incertezas e alegrias do namoro e do romance tradicionais.

 Se acrescentarmos a tudo isto as constantes mensagens dos meios de comunicação social mainstream e da indústria do espectáculo a favor  do "poder das mulheres"e em detrimento da "masculinidade tóxica" e a promoção das "relações laborais" em detrimento da  família real, obteremos o quadro sombrio das relações entre homens e mulheres nos nossos dias. 

 


2 - A Guerra Tecnológica Contra as Normais Relações entre os dois Sexos


Mas, valerá a pena tentar encontrar alguém na vida real com quem casar, constituir família e ter filhos, se temos à disposição a alternativa de podermos facilmente aceder uma experiência híper-estimulante à velocidade da nossa ligação à Net? 

 A Internet oferece uma infinidade de opções para indivíduos frustrados que se afastaram das verdadeiras relações humanas. A pornografia não é apenas um prazer ocasional: 30% de todos os descarregamentos da Internet são de pornografia e estima-se que 87% dos homens e 28% das mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos vêem pornografia pelo menos uma vez por semana. 

 A pornografia moderna serve, assim, como substituto da vida real, normalizando - pelo menos na cabeça dos utilizadores - comportamentos atípicos e criando expectativas a nível sexual que dificilmente serão  possíveis de realizar na vida real e tornando assim frustrantes as relações com seres humanos reais do sexo oposto. 

Numerosos estudos indicam que a utilização frequente de pornografia está associada a uma sobre-estimulação psicológica e neurológica, seguida de fenómenos de habituação e tolerância (tal qual como a cocaína, ao afectar os receptores de dopamina no cérebro).

 Pior ainda, a dependência da pornografia está associada a alterações funcionais no sistema límbico do cérebro, a área que governa as nossas respostas emocionais.

 Ou seja, enquanto os OCPs e os SSRIs declararam uma guerra farmacológica contra as normais relações entre o sexo masculino e o feminino, a pornografia ataca a vertente fisiológica que lhes é subjacente, diminuindo a capacidade de excitação e distorcendo aquilo que é considerado, pelas pessoas, sexualmente atractivo.

 A dessensibilização neurológica resultante da pornografia e do uso de OCPs e SSRIs faz  a frustração das pessoas no que diz respeito a encontros com pessoas reais se tornar-se uma profecia auto-realizada.

 Criou-se na realidade um mundo bem difícil para os homens e as mulheres, sobretudo os solteiros.

 Mas, atenção, a tecnologia descobre sempre uma solução para as trapalhadas que ela própria cria: para compensar todas essas frustrações temos graças a ela acesso a  brinquedos sexuais cada vez mais sofisticados (ah, as maravilhas do progresso!!!).

 Os brinquedos sexuais actuais estão muito longe dos "manipuladores" manuais do início do século XX, concebidos, por psicanalistas, para curar a "histeria" feminina. Actualmente, temos dispositivos carregados por USB e com Bluetooth que dão milhares de rotações por minuto. Sem surpresa, estes dispositivos são fabricados na China e oportunamente vendidos no Ocidente ultra decadente pela indústria da tecnologia sexual a qual factura muitas dezenas de biliões de dólares anuais

 A psicopatia da indústria dos brinquedos sexuais dirige-se sobretudo às mulheres. Depois de as ter dessensibilizado emocionalmente com OCPs e SSRIs, dificultando-lhes extraordinariamente as relações com o sexo oposto, a nossa admirável civilização propõe-lhes dispositivos que causam dormência sexual a nível físico.

 Através conselhos terapêuticos de uma legião de especialistas e sexólogos semi-letrados, as empresas fabricantes de brinquedos sexuais, desencorajam as mulheres de tentarem encontrar satisfação sexual numa relação natural, tentando fazê-las crer ser invulgar ter um orgasmo numa relação com um homem.

Uma vez que o vício da pornografia é maioritariamente masculino, é apenas uma questão de tempo até que mais homens comecem a usar brinquedos sexuais. Os meios de comunicação social mainstream, como a Men's Health, já estão a encorajar os homens a castrarem-se usando brinquedos durante as relações sexuais com uma mulher.

 Mas, a cereja no topo do bolo desta distopia dantesca são os brinquedos sexuais à distância, activados por meio de aplicações,os quais foram largamente popularizados durante os confinamentos da COVID-19.

  À semelhança de outras "inovações" tecnológicas que supostamente tornam as nossas vidas mais fáceis e eficientes, a indústria da tecnologia sexual está, assim, a aumentar a atomização social ao eliminar as interacções pessoais e íntimas.

 


 3 - Dar meia volta

  Com todos estes comprimidos, pornografia e brinquedos sexuais, os homens e as mulheres passam mais tempo em aplicações de encontros on-line do que namorar no mundo real.

  

As mulheres há décadas que vêem sendo industriadas para agirem como homens, sendo-lhes martelado no bestunto, desde o berço, que se devem concentrar nas suas carreiras, em vez de serem esposas e mães como as "atrasadas" das suas mães e avós.

 Os homens são aconselhados a reprimir a sua vontade de serem protectores e pais.

 Altamente medicados e desempenhando papéis de “género” completamente anti-naturais, tentar ter um relacionamento romântico normal  é, para os homens e mulheres de hoje, como tentar alcançar a quadratura do círculo.

  É sabido que o casamento e os filhos tornam os homens e as mulheres mais conservadores. Em contrapartida ficar os solteiros torna as pessoas mais dependentes da assistência governamental. Às mães solteiras, por exemplo, é oferecida uma grande variedade de ajudas sociais que tornam a presença dum marido e pai supérflua, ou mesmo nociva. Os homens solteiros têm taxas de desemprego elevadas e têm mais probabilidades de receber subsídios do Estado do que os casados. 

Para além da dependência financeira do Estado, existem também dependências psicológicas. Os homens e as mulheres solteiros têm mais tendência para viver em grandes agregados populacionais onde é quase impossível fugir da alienação geral.

 Que poderemos fazer em relação a tudo isto?

 Dar meia volta, voltar para trás.

 As relações tradicionais entre homens e mulheres representam uma ameaça existencial para as classes dominantes do Ocidente moderno. 

Os homens que abraçam os naturais e tradicionais interesses masculinos centrados na segurança física e financeira da sua família, combinados com mulheres que orgulhosamente desempenham actividades domésticas e caseiras, formam pares complementares de seres humanos altamente funcionais e auto-suficientes, dedicados à sobrevivência e felicidade um do outro e quando esse par altamente funcional tem filhos, torna-se mais interessado no futuro e na sobrevivência da sua sociedade. 

Alguns líderes mundiais, como Vladimir Putin e Viktor Orbán, compreenderam este facto. É por isso que as suas políticas favoráveis à família são histericamente denunciadas como "sexistas" e "xenófobas" pelas elites plutocráticas ocidentais que precisam duma sociedade divida e atomizada para melhor a poderem controlar e explorar. 

 A resposta à componente sexual desta catástrofe não é certamente tornarmos-nos todos puritanos. É possível voltar a re-sensibilizar o nosso corpo e a re-normalizar a nossa libido; o sexo pode voltar a ser algo de especial e potenciador do amor entre um homem e uma mulher e gerador de união e vida - e não de separação e morte.

 Algures nas profundezas do cérebro primitivo de ambos os sexos existem ainda vias neurais de longa duração capazes de promover e recompensar os comportamentos românticos tradicionais.

  Se cada vez mais pessoas rejeitarem as mentiras que, há décadas, nos são constantemente impingidas há décadas, com o fim de fomentar a divisão entre homens e mulheres, o leque de parceiros românticos elegíveis vai certamente crescer.

 Se quisermos sobreviver e prosperar nesta distópica Nova Ordem Mundial, temos de rejeitar todas as interferência externa nas nossas relações mais íntimas – rejeitando as criminosas mensagens que, no que respeita às relações entre os dois sexos, nos são transmitidas 24/7 pelos sistemas educativos, pelos meios de comunicação social e pela indústria do espectáculo.

 Há uma guerra em curso que está a ser movida contra a nossa felicidade pessoal, a que nenhum ser humano digno desse nome pode, hoje em dia, fugir.

 

 Paracelsus - médico actualmente a exercer nos EUA.


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