Retrato da mãe do pai da mãe da minha mãe por Carlos Reis, 1897


               For Ever Young, don´t Wanna be For Ever Young

 “Há um lado humano na obsessão moderna com a juventude, pois esta sempre foi entendida como algo desejável. A velhice aproxima-se de nós como uma ameaça de destruição definitiva; e, esse facto, talvez, explique o mundo moderno, um mundo que quer tão terrivelmente ser jovem que já está na sua segunda infância. Com efeito, se os homens neste mundo não conseguem ver para além dos limites do material, então, a seus olhos, a velhice é uma coisa horrível, um inimigo implacável que afasta irrevogavelmente o ser humano individual do mundo da realidade. Mas se os nossos olhos se erguerem, para além dos limites da natureza, para as extensões ilimitadas da eternidade, então a maturidade não é algo a ser temido, mas a ser trabalhado com seriedade. Pois, nesse caso, a velhice não é a destruição da juventude, mas uma promessa de juventude eterna; não é um sinónimo de corrupção e desintegração, mas uma condição fundamental para a vida eterna.”

 

Companion To the Summa, Walter Farrell, Volume III, pag. 96.

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