O que faz, de nós, seres humanos é o facto de sermos capazes de ver, tudo aquilo que pensamos, imaginamos, raciocinamos e recordamos, como um todo em relação ao qual podemos dizer um Sim ou um Não, um “é verdadeiro” ou um “é falso”, isto é, o sermos capazes de julgar da veracidade ou falsidade de tudo aquilo que a nossa própria mente vai conhecendo ou produzindo.
Na vida intelectual ou conformamos os nossos desejos à realidade, ou conformamos a realidade aos nossos desejos. Não há terceira opção.
Como exemplos do primeiro caso temos, Sócrates, Platão, Aristóteles, S. Agostinho e S. Tomás,... ; como exemplos do segundo, temos a quase totalidade dos intelectuais modernos.
É certo que o vício e os comportamentos imorais, sobretudo os sexuais, são muito comuns (a carne é fraca). E, o apetite sexual é um apetite que, se não for convenientemente controlado, com facilidade pode adquirir um poder desmesurado, levando quase que inevitavelmente, a comportamentos sexuais compulsivos que estão nos antípodas daquilo que é um comportamento racional.
O acontecimento intelectual decisivo ocorre, pois,
quando o vício se transmuta em teoria, isto é, quando o “intelectual” decidido
a revoltar-se contra a lei moral - e portanto contra a razão e a verdade - tenta
encontrar uma justificação racional para o seu vício.
No seu livro The Silence of St. Thomas, Josef
Pieper sintetiza muito bem o que, aqui, está em causa:
S. Tomás
diz que o primeiro fruto da concupiscência é a cegueira do espírito.
Pelo
contrário, uma vontade impura, egoísta e corrompida pelo desejo de prazer,
destrói tanto a resolução do espírito como a capacidade do intelecto para
escutar com silenciosa atenção a linguagem da realidade.»
A natureza humana não se deixa dividir em compartimentos estanques, mutuamente exclusivos. Um homem que escolhe confirmar-se na (assumir a) sua homossexualidade tem uma visão do mundo completamente diferente de um outro que adopte a visão cristã segundo a qual a sexualidade está inextricavelmente ligada à procriação e limitada, na sua expressão, ao cônjuge.
A economia, tal como a sexualidade, baseia-se na natureza humana. No esquema clássico das coisas, a economia, era a ciência que fazia a ponte entre a ética e a política, todas as três fazendo parte da sabedoria prática que procurava atingir o bem nos assuntos humanos. De facto, a palavra “economia” tem a sua origem etimológica na palavra grega oikos, que significa “governo do lar”, o que mostra ser a tradição clássica sábia, ao expressar desta forma, a forte conexão que existe entre o comportamento económico e as relações entre os sexos, cujo o arquétipo clássico era a família tradicional.
O homossexual tem uma visão muito peculiar da sexualidade humana e portanto da família e como tal não é de estranhar que a sua visão da economia seja igualmente peculiar.
Como Sir William Rees-Mog, comentava “a homossexualidade, a qual é uma rejeição das “regras comuns”, levou Keynes a rejeitar o “padrão ouro” por este se traduzir num controlo automático da inflação monetária, levando-o a defender uma visão infantilizada da economia, segundo a qual, o usufruto dos prazeres presentes se sobrepõe aos interesses das gerações futuras."
A economia para Keynes era apenas um meio de Keynes e os seus comparsas melhor poderem usufruir, no imediato, dos frutos por ela proporcionados.
Da
correspondência de Keynes com Lytton Strachey e Duncan Grand, resulta
claramente, que para ele a homossexualidade não era uma mera preferência
sexual, mas fazia parte da “vida boa” tal como era entendida pela “ética” do
grupo elitista de intelectuais e artistas conhecido por Bloomsbury, onde
pontificavam nomes como E. M. Foster, Lyttton Strachey, Roger Fry, Clive Bell,
Sir Antonhy Blunt, entre outros.
A chave para compreender tudo isto está naquilo a que se chamou convencionou chamar modernidade, isto é, a grande revolta contra as normas morais estabelecidas e contra as verdades religiosas milenares.
Uma vez estas afastadas não tardou que a modernidade e o vício sexual da homossexualidade ficassem inextricavelmente ligados.
Efectivamente, a subversão que a homossexualidade implica, vai muito além da simples destruição das regras estabelecidas, porque se trata de algo de carácter muito mais profundo, uma vez que, todos os que tomam a opção de basear a sua conduta naquilo que são, em vez de a fundarem naquilo que deveriam ser, mais tarde ou mais cedo, ainda que disso possam não ter consciência, vêem a odiar e a querer destruir todos aqueles que não o fazem - a sociedade onde se inserem, a família tradicional donde procedem, as crianças que dela resultam, as mulheres que as dão à luz, a vida (que são incapazes de gerar) e a Igreja que tudo isto abençoa.
Como S. Paulo disse dos intelectuais do seu tempo:
E. Michael Jones
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