INTELIGÊNCIA E VERDADE
O senso da validade das realidades imediatamente
perceptíveis é a primeira coisa que é preciso recuperar se quisermos voltar a
ser inteligentes. Muitas pessoas não têm à mão os argumentos filosóficos para
defender aquilo que sabem e, como a classe científica e intelectual diz o
contrário, preferem dizer que não sabem aquilo que sabem. Ora, isto é,
literalmente, histeria induzida.
As pessoas já não acreditam no que vêm, mas
acreditam no que lhes dizem e acabam por repeti-lo. Isto é pura histeria e é
incompatível com a inteligência.
Por exemplo no caso do Trans-sexualismo, não é só o transsexual que vai ficar burro; quem acredita nessas patranhas também fica.
Ser um transexual é copiar aparências, portanto estereótipos. Ele não vai
copiar tudo de uma mulher, não vai gerar um útero dentro dele, nem modificar o
seu ADN; só vai alterar aparências externas, cosméticas, sonoras, gestuais,
etc., Mas, no Ocidente já é obrigatório chamar um transsexual de homem ou
mulher conforme ele fantasiar – é, literalmente, a imposição da histeria
obrigatória. Chegamos a este ponto de loucura.
Este problema não tem nada a ver com moral sexual. Isto é histeria induzida, é dissonância cognitiva gerada de propósito pelo Estado, para imbecilizar as pessoas e torná-las doceis a qualquer coisa que se lhes diga.
Um sujeito diz que é mulher mas eu estou a ver, à minha frente, um homem.
Porque é que a imaginação dele tem direitos que a minha visão não tem? Se eu
estou a ver um homem, eu tenho de dizer
o que estou ver e não o que ele quer que eu diga. É a coisa mais óbvia do
mundo. Mas, obrigam-nos a respeitar o seu desejo e ele não tem de respeitar a
nossa percepção. É o absurdo dos absurdos - o imaginário vale mais do que o
real.
A inteligência humana está em crise por causa da
actividade incessante das elites ocidentais que querem remodelar o mundo à sua
imagem e semelhança e, para esse fim, fazem com que este tipo de coisas se impregnem em nós e
fiquemos inibidos de dizer o que estamos a ver. É a velha história do Rei vai
nu, a pessoas podem repetir a verdade oficial mas no fundo, nunca chegam a
incorporá-la na sua realidade e ficam histéricas.
Devemo guiar-nos pela nossa percepção e, em vez de
discutir com base no aspecto moral, simplesmente defender os direitos da nossa
percepção natural.
Eles têm o direito de achar que são mulheres, mas
eu tenho o direito a dizer aquilo que vejo. Os direitos humanos têm de ser para
ambos os lados. Indignarmo-nos moralmente –
“é uma pouca vergonha, etc.” – embora faça sentido, não leva a
lado nenhum pois não é o cerne da questão e faz-nos cair no ridículo.
Olavo de Carvalho
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