Ario propôs uma versão do cristianismo que se orientava, de forma mais ou menos vaga, no sentido daquilo a que hoje chamamos unitarismo (Deus uno, não trino), embora não fosse exactamente a mesma coisa, porque conferia a Cristo uma posição curiosamente intermédia entre o divino e o humano. Mas, a questão é que, na altura, muitos consideraram tratar-se de uma versão mais razoável e menos fanática do cristianismo; entre estes contavam-se muitos membros da classe culta, que protagonizavam uma espécie de reacção contra a primeira aventura da conversão cristã. Os arianos eram uma espécie de moderados e uma espécie dos actuais modernistas. Tinham chegado à conclusão de que, após as primeiras questiúnculas, esta era a forma definitiva de religião racionalizada, na qual a civilização acabaria por assentar. Tratava-se duma forma religiosa que era aceite pelo próprio Caeser, e que veio a ser a ortodoxia oficial; generais, príncipes, homens de futuro, as pessoas que interessava...
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A mostrar mensagens de dezembro, 2024
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"A doutrina da Igreja evolui. Voltar atrás, é inútil " (Papa Francisco, dirigindo-se a jesuítas portugueses) “Surgiu nas modernas controvérsias o hábito imbecil de afirmar que determinado ponto de vista é defensável num dado período histórico, mas não é defensável noutros períodos. Assim, um dogma qualquer seria credível no século XII, mas teria deixado de ser credível hoje em dia. O que é o mesmo que dizer que se pode defender uma determinada filosofia à segunda-feira, mas não à quinta-feira; ou que determinada visão do cosmos é adequada às três e meia, mas será inadequada às quatro e meia. Aquilo em que um homem pode acreditar depende da filosofia que perfilha, não depende do relógio ou do calendário. Se um homem acredita que as leis da natureza são inalteráveis, então, não pode acreditar em milagres; e, não pode acreditar em milagres em século algum. Se um homem acredita que há uma vontade por detrás das leis da natureza, pode acreditar em milagres; e, po...
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"A melhor razão para um renascimento da filosofia é que, a menos que um homem tenha uma, acontecer-lhe- ão certas coisas horríveis. Ele transformar-se-a num homem prático; num homem progressista ; ele cultivará a eficiência ; acreditará na evolução ; dedicar-se-á a qualquer empreendimento que lhe apareça pela frente; ou seja, ele dedicará a sua vida a actos, não a ideias. E, assim, abalado por golpe após golpe de cega estupidez e destino aleatório, ele cambaleará para uma morte miserável sem nada a que se possa apegar além de uma série de palavras de ordem, de chavões, como os que eu sublinhei acima, os quais, no fundo, não passam de substitutos do pensamento ou do rebotalho do pensamento de outras pessoas". G.K.Chesterton
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"O sentido estético existe tanto nos seres humanos mais primitivos, como nos mais civilizados. Sobrevive mesmo ao desaparecimento da inteligência, porque os idiotas e os loucos são capazes de obras artísticas. A criação de formas ou séries de sons que despertem uma emoção estética em quem as vê ou ouve é uma necessidade elementar da nossa natureza. O homem sempre contemplou com alegria os animais, as flores, as árvores, o céu, o mar e as montanhas. Antes dos primórdios da civilização, utilizava os seus instrumentos rudimentares para reproduzir o perfil dos seres vivos na madeira, no marfim e na pedra. Ainda hoje, quando o seu sentido estético não foi destruído pela educação moderna, pelo estilo de vida moderno ou pelo trabalho fabril, o homem tem prazer em fazer objectos saídos da sua própria inspiração. Sente um prazer estético ao absorver-se nesse trabalho. Na Europa, e sobretudo em França, ainda há cozinheiros, talhantes, pedreiros, carpinteiros, ferreiros, cutileiros e mec...