Alguns humanitários de linguagem melosa reprovaram a cólera de Nosso Senhor Jesus Cristo contra os fariseus e os vendilhões do templo; mas é evidente que essa cólera foi a SANTA INDIGNAÇÃO DO ZELO. Somente a podem reprovar aqueles que se tornaram, por egoísmo, totalmente indiferentes aos direitos de Deus e à salvação das almas,

Reginal Gerrigou-Lagrange, Le Sauver et son amour por nous

 

 A quantos consideram que a ideia das Cruzadas corrompe completamente a ideia da cruz, podemos apenas replicar que, a ideia que eles têm da Cruz, está completamente corrompida.

G.K. Chesterton, The Everlasting Man

 

 Por exemplo, há indivíduos, até dentro da própria Igreja que atacam a Doutrina cristã, porque estão perdidos de amor por uma das virtudes cristãs: a misericórdia. Defendem a peculiar tese – que pretendem ter ido buscar aos primeiros cristãos - de que a maneira mais fácil de perdoar os pecados é afirmar que não há pecados a perdoar. Estes senhores, não só não são os verdadeiros “primeiros cristãos” mas, se o fossem, seriam os únicos primeiros cristãos, que deviam,  ter sido mesmo comidos pelos leões. Porque, no seu caso, a acusação dos pagãos era correcta: a clemência destes homens conduziria à mera anarquia. Eles são efectivamente inimigos da raça humana – precisamente por serem demasiado humanos.

G.K. Chesterton, Orthodoxy.

 

A Igreja dos primórdios, que foi muito importante embora fosse insignificante, foi importante pelo simples facto de ser intolerável; e nesse sentido pode dizer-se que foi intolerável porque era intolerante. Era mal vista porque, à sua maneira tranquila e quase secreta,  tinha declarado guerra. Saíra dos subterrâneos para vir dar cabo do paganismo. Os que acusaram os cristãos de terem incendiado Roma levantaram uma calúnia; mas estavam, pelo menos, bastante mais perto da natureza do cristianismo do que os modernos que nos dizem que os cristãos eram uma espécie de sociedade moral. Na verdade, a Igreja foi, desde o princípio – e talvez especialmente no princípio -, uma revolução contra o príncipe deste mundo.

G.K. Chesterton, The Everlasting Man

 

 Os cristãos foram convidados a erigir a imagem de Jesus  ao lado das imagens de Júpiter, de Mitra, de Osíris, de Ate e de Amon. A recusa dos cristãos foi o ponto de viragem da História. Se tivessem aceitado, teriam ficado absolutamente inutilizados, eles e o mundo. Teriam sido dissolvidos num líquido morno, nessa panela enorme de corrupção cosmopolita onde já se tinham dissolvido todas os mitos e todos os mistérios. Foi uma fuga terrível e aterradora. Quem não compreende que houve um momento em que o mundo esteve à beira de morrer de abertura de espírito e da fraternidade de todas as religiões não compreenderá a verdadeira natureza da Igreja, nem a sonora nota do Credo que provém da antiguidade.

G.K. Chesterton, The Everlasting Man

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