Tem havido alguma perplexidade pelo facto de as mulheres católicas serem excluídas das Ordens Sacras. Alguns dos defensores modernos da feminilidade masculina chegaram mesmo a sentir pena delas. Por que razão os homens ocupam todas as posições de poder na Igreja? Por que razão só os homens podem ser padres e exercer o ministério sacerdotal? Por que razão os homens devem ocupar todas as posições de preferência?
A pergunta poderia ter sido feita de forma muito mais
nobre e justa: por que razão, devem os homens, ser colocados nas posições de muito maior perigo e sacrifício?
De qualquer
forma, os factos não são uma prova de um amor maior de Deus pelos homens, nem da
superioridade dos homens sobre as mulheres na realização das tarefas. Não se
trata de antifeminismo divino. É simplesmente uma questão de ordem. Alguém deve
estar à frente de qualquer empreendimento em que estejam envolvidos mais de um ser
humano, assim como entre os poderes da alma de um homem, um deles deve estar no
comando supremo. Obviamente, essa posição de comando tinha de ser dada a uma
mulher ou a um homem, não havia outra escolha; a ordenação de Deus recaiu sobre
o homem. Tanto o homem como a mulher têm o seu papel a desempenhar na obra de
Deus - ou como sacerdote ou como virgem consagrada.
E, para
aprofundar a questão: por que foi um homem crucificado enquanto a mulher ficou
aos pés da cruz, a parte mais fácil? Por que Maria, sendo obviamente superior
aos Apóstolos, cuidou das necessidades diárias da Igreja nascente em vez de
pregar o Evangelho e realizar milagres como Pedro e João fizeram? Afinal, ela
não adormeceu no Jardim das oliveiras, nem negou Cristo para escapar às
críticas dos homens. Mas, a verdade, é que as coisas foram ordenadas assim por
vontade de Deus.
Walter Farrel, A Companion to the Summa
Volume IV, pag. 227
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