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A mostrar mensagens de agosto, 2025
  CURIOSAMENTE, o universo existe, não apenas pelo que é, mas também pelo que não é; assim como uma esfera, por exemplo, existe, não apenas pelo que inclui, mas também pelo volume incomensurável do espaço que exclui. Não é por acaso, portanto, que o cosmos está sujeito a limites: pois na ausência de limites ele não poderia existir de todo. Tal como a esfera geométrica, as coisas deste mundo existem precisamente em virtude daquilo que restringe - ou termina - a sua existência. Para prosseguir com esta analogia geométrica, observemos como se determina uma figura num plano: uma circunferência, por exemplo. Para efectuar esta construção, é preciso, em primeiro lugar, determinar um ponto num plano (dito euclidiano) que será o centro da nossa circunferência; e depois construir um segundo ponto, de modo a definir um determinado raio. Feito isto, determinamos uma determinada circunferência como o lugar geométrico dos pontos cuja distância ao centro é igual ao comprimento do raio. Pode-se...