
A aceitação do absurdo como libertação Há dias, o conhecido retransmissor de propaganda da CIA, Nuno Rogeiro, afiançava “existirem indícios" de terem sido os russos os fautores das explosões na ponte que liga a Crimeia à Rússia. E, um pouco mais à frente, no mesmo jornal, contava-se como essa dispendiosa obra de engenharia tinha sido levada a cabo após a ocupação da Crimeia em 2014, constituindo um motivo de orgulho nacional para os russos. As duas afirmações contradiziam-se. Uma dizia terem os russos investido milhões na construção duma das pontes mais extensas do mundo, a outra, dava a entender - não se concebe bem porquê - que os próprios russos a tinham, depois, tentado destruir. A contradição poderia ser resolvida rapidamente, através duma simples operação lógica que atentando nas premissas concluísse que uma impugnava a outra. Mas a generalidade dos le...